Parabéns a todos os profissionais de Psicologia!!!!!
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
terça-feira, 25 de agosto de 2015
Transtorno Alimentar
Tenho estudado o tema
Transtorno Alimentar desde 2011, quando fiz um Curso de Extensão na PUC-RIO. Ao
final do curso ingressei em um Grupo de Estudo para aprofundamento no tema.
Atuando em uma Clínica,
tenho recebido pessoas que farão a cirurgia bariátrica. Todas com um vasto histórico
de dietas e tratamentos para emagrecimento que a médio e longo prazo não resultaram
no corpo almejado. Com o aparecimento das comorbidades,
como por exemplo diabetes e/ou hipertensão a cirurgia aparece como uma proposta
de solução, pois neste momento, não é mais a questão estética que se sobrepõe,
mas é a questão da saúde que se torna imperativa.
Mas pensar o Transtorno Alimentar
é pensar também a compulsão.... Por isso, escolho o texto retirado do livro O sujeito na contemporaneidade de Joel Birman,
para propor uma reflexão.
“...
a comida se destaca nas compulsões atuais, impondo-se ao mesmo tempo como
fascinante e mortífera, já que é atraente e repelida em um mesmo movimento
pelas pessoas. A relação do sujeito com a comida é ambígua e ambivalente, pois
esta é objeto de desejo e de repulsa, de maneira que a voracidade e o vomitar
se declinam quase que em um mesmo gesto. ”
Se
a relação que se estabelece com a comida é compulsiva, então é hora de se
questionar qual é a fome que você pretende saciar...
Por Mariangela Venas
Comorbidade: Estado patológico causado, agravado ou cujo tratamento/controle é dificultado pelo excesso de peso ou facilitado pela perda de peso. (http://www.sbcb.org.br)
sábado, 8 de agosto de 2015
Nossas crianças têm fome de que?
http://comidanarede.com.br/nutricao-infantil/obesidade-infantil-preocupacao/
Interessa-me profundamente o aspecto da prevenção no tema obesidade. Entendo que lidar com o problema instalado demanda sempre maior esforço e recursos, especialmente considerando as precárias condições do serviço público de saúde no Brasil. Por isso, considero que um trabalho de ação preventiva, voltado para a população infantil, seja eficaz para que as crianças possam desenvolver padrões alimentares saudáveis, mas sem perder a noção de prazer do ato de alimentar-se.
Percebe-se que a obesidade na
infância teve um aumento considerável nas últimas décadas, uma criança obesa
tem maior probabilidade de tornar-se um adulto obeso e isso pode causar um
grande impacto na saúde publica. O problema da obesidade não é exclusivamente
estético, mas principalmente um problema de saúde, devido as doenças associadas
à obesidade, como diabetes, hipertensão.
A predisposição genética é fator
determinante para a obesidade, mas hábitos alimentares errados, sedentarismo,
problemas de ordem emocional, entre outros fatores, podem despertar o gene da
obesidade. E a mudança da modernidade para a contemporaneidade parece que
trouxe o gene da obesidade em suas entranhas. Nesta cultura que preconiza o
excesso parece que a busca incessante pelo novo propõe o preenchimento de um
vazio que aumenta no momento da conquista do objeto desejado! O que foi
conquistado hoje é obsoleto amanhã, as vitórias são descartáveis, porque algo
inteiramente novo e fantástico está na prateleira e é preciso alcançar... E as
crianças já vivenciam esta realidade na mais tenra idade.
As famílias mudaram, há uma nova
ordem social. Os pais têm forte dificuldade para estabelecer limites para seus
filhos. Ninguém quer um filho obeso, mas também não “se pode mais” dizer não.
Com isso, a mídia se farta ao injetar no mercado inúmeros produtos voltados
para o público infantil. Há falta de ética, limites, afeto e sobra a
possibilidade de severas doenças associadas à obesidade.
Os tempos atuais têm relegado à
infância certo abandono... As crianças estão cheias de tecnologia e carentes de
limites. Falo do limite como estruturante, como o continente que os pais
precisam ser para os filhos. Porque é diante desta continência que a criança
poderá constituir-se como um ser que deseja e que compreende que não se pode
obter tudo, mas ainda assim, é possível encontrar satisfação e prazer nas suas
relações. Sem a possibilidade do limite, resta ao sujeito a compulsão...
Lembro-me do desabafo da paciente
para o psicoterapeuta:
Paciente:
“Não entendo o que mais ele queria!
Afinal, eu fui buscá-lo na creche, dei o jantar, a sobremesa, o suco e ele
continuava querendo algo mais para comer. E eu com pressa, pois já estava na
hora da minha academia. Que fome era aquela? ”
Nossas crianças têm fome de que?
Por Mariangela Venas
Cuidar...
"O que se opõe ao descuido e ao descaso é o cuidado. Cuidar
é mais que um ato; é uma atitude. Portanto, abrange mais que um momento de
atenção, de zelo e de desvelo. Representa uma atitude de ocupação, preocupação,
de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro."
(Leonardo
Boff)
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