Tenho estudado o tema
Transtorno Alimentar desde 2011, quando fiz um Curso de Extensão na PUC-RIO. Ao
final do curso ingressei em um Grupo de Estudo para aprofundamento no tema.
Atuando em uma Clínica,
tenho recebido pessoas que farão a cirurgia bariátrica. Todas com um vasto histórico
de dietas e tratamentos para emagrecimento que a médio e longo prazo não resultaram
no corpo almejado. Com o aparecimento das comorbidades,
como por exemplo diabetes e/ou hipertensão a cirurgia aparece como uma proposta
de solução, pois neste momento, não é mais a questão estética que se sobrepõe,
mas é a questão da saúde que se torna imperativa.
Mas pensar o Transtorno Alimentar
é pensar também a compulsão.... Por isso, escolho o texto retirado do livro O sujeito na contemporaneidade de Joel Birman,
para propor uma reflexão.
“...
a comida se destaca nas compulsões atuais, impondo-se ao mesmo tempo como
fascinante e mortífera, já que é atraente e repelida em um mesmo movimento
pelas pessoas. A relação do sujeito com a comida é ambígua e ambivalente, pois
esta é objeto de desejo e de repulsa, de maneira que a voracidade e o vomitar
se declinam quase que em um mesmo gesto. ”
Se
a relação que se estabelece com a comida é compulsiva, então é hora de se
questionar qual é a fome que você pretende saciar...
Por Mariangela Venas
Comorbidade: Estado patológico causado, agravado ou cujo tratamento/controle é dificultado pelo excesso de peso ou facilitado pela perda de peso. (http://www.sbcb.org.br)
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