terça-feira, 25 de agosto de 2015

Transtorno Alimentar



Tenho estudado o tema Transtorno Alimentar desde 2011, quando fiz um Curso de Extensão na PUC-RIO. Ao final do curso ingressei em um Grupo de Estudo para aprofundamento no tema.

Atuando em uma Clínica, tenho recebido pessoas que farão a cirurgia bariátrica. Todas com um vasto histórico de dietas e tratamentos para emagrecimento que a médio e longo prazo não resultaram no corpo almejado. Com o aparecimento das comorbidades, como por exemplo diabetes e/ou hipertensão a cirurgia aparece como uma proposta de solução, pois neste momento, não é mais a questão estética que se sobrepõe, mas é a questão da saúde que se torna imperativa.

Mas pensar o Transtorno Alimentar é pensar também a compulsão.... Por isso, escolho o texto retirado do livro O sujeito na contemporaneidade de Joel Birman, para propor uma reflexão.

... a comida se destaca nas compulsões atuais, impondo-se ao mesmo tempo como fascinante e mortífera, já que é atraente e repelida em um mesmo movimento pelas pessoas. A relação do sujeito com a comida é ambígua e ambivalente, pois esta é objeto de desejo e de repulsa, de maneira que a voracidade e o vomitar se declinam quase que em um mesmo gesto. ”

Se a relação que se estabelece com a comida é compulsiva, então é hora de se questionar qual é a fome que você pretende saciar...


                                                                     
                                                 Por Mariangela Venas


Comorbidade: Estado patológico causado, agravado ou cujo tratamento/controle é dificultado pelo excesso de peso ou facilitado pela perda de peso. (http://www.sbcb.org.br)


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